Investigadora revela cenário apocalíptico em caso de guerra nuclear — e só dois países teriam hipótese de sobreviver

Pode parecer ficção científica, mas é uma análise fundamentada em décadas de investigação: em caso de guerra nuclear total, mais de cinco mil milhões de pessoas morreriam em pouco mais de uma hora.
A revelação chocante vem de Annie Jacobsen, jornalista de investigação, finalista do Prémio Pulitzer e autora bestseller do New York Times.

Segundo Jacobsen, o mundo estaria à beira de um colapso total — e apenas dois países poderiam ter alguma hipótese de sobrevivência.

“A Terra ficaria coberta por gelo” — o efeito imediato seria um inverno nuclear global

Numa entrevista recente ao podcast Diary of a CEO, apresentado por Steven Bartlett, Annie Jacobsen traçou um dos cenários mais negros que alguma vez ouvimos: em caso de confronto nuclear global, a queima de cidades inteiras criaria nuvens espessas de fumo que cobriram três continentes.

Este manto de fumo bloquearia a luz solar, levando a uma mini era do gelo.

“Grande parte do mundo, especialmente as latitudes médias, ficaria coberta de gelo… locais como o Iowa ou a Ucrânia seriam neve contínua durante 10 anos,” alertou Jacobsen.

A consequência direta? O colapso da agricultura. Sem sol, sem colheitas. Sem colheitas… sem vida.

“Quando a agricultura falha, as pessoas simplesmente morrem.”

E como se isso não bastasse, o enfraquecimento extremo da camada de ozono tornaria quase impossível sair à rua — a radiação solar seria letal. A humanidade estaria condenada a viver… debaixo da terra.

Apenas dois países teriam hipótese de resistir

Segundo Jacobsen e o cientista atmosférico Professor Brian Toon, só Nova Zelândia e Austrália poderiam escapar ao colapso global.
Ambos os países estariam relativamente protegidos das consequências diretas das explosões e poderiam sustentar agricultura básica por mais tempo, devido à sua localização geográfica e clima.

Mas mesmo nesses refúgios, a sobrevivência não estaria garantida. Seriam territórios inundados por refugiados desesperados, enfrentando escassez de recursos e tensões internas sem precedentes.

A guerra que quase aconteceu… por engano

Durante a conversa, Jacobsen partilhou ainda o testemunho arrepiante de Bill Perry, antigo Secretário de Defesa dos EUA.
Nos tempos da administração Carter, Perry foi acordado com a notícia de que mísseis nucleares da União Soviética estavam a caminho.

Tudo parecia confirmado — a informação vinha de dois bunkers nucleares distintos, incluindo o famoso STRATCOM, sob a base aérea de Offutt.

“Eram mísseis intercontinentais e também mísseis lançados por submarinos. Era uma avalanche de ogivas.”

Poucos minutos depois, a verdade: era um erro.
Aparentemente, alguém tinha colocado uma cassete VHS com um ataque simulado numa máquina real de monitorização.

“Parecia real. Porque era feita para parecer real,” revelou Perry a Jacobsen.

Um erro. Cinco mil milhões de vidas. E só dois países com esperança.

A realidade é esta: um simples erro humano quase desencadeou o fim da civilização. E com o arsenal nuclear global pronto para ser ativado em minutos, a hipótese de um conflito acidental continua bem presente.

Enquanto os líderes mundiais debatem tratados e fronteiras, as palavras de Jacobsen ecoam como um aviso brutal:

“Estamos a viver num equilíbrio precário. E podemos perder tudo… em 72 minutos.”