Verdade chocante sobre a Vaselina: Sabes mesmo de onde ela vem?

Se és daqueles que sempre teve um boião de Vaselina na gaveta e nunca te questionaste sobre a sua origem, prepara-te: a história por detrás deste produto é, no mínimo, surpreendente… e até um pouco bizarra.

A origem improvável da Vaselina

Tudo começou há mais de 150 anos com Robert Chesebrough, um químico britânico que, antes de inventar a famosa geleia, trabalhava com… óleo de esperma de baleia. Sim, leste bem. Chesebrough era dono de uma empresa que comercializava este óleo, amplamente utilizado em lâmpadas antes da ascensão do petróleo.

Mas quando chegou a febre do petróleo em Pensilvânia, em 1859, o seu negócio faliu. Determinado a reinventar-se, Chesebrough viajou até às zonas petrolíferas e lá observou um fenómeno curioso: os trabalhadores usavam uma substância viscosa — um resíduo oleoso que se acumulava nas hastes das perfuradoras — para tratar cortes e queimaduras.

De resíduo tóxico a produto de beleza

Intrigado, Chesebrough levou o tal “gunk” para casa e passou os 10 anos seguintes a trabalhar na sua purificação, até obter aquilo que hoje conhecemos como Vaselina (ou petroleum jelly, como consta no rótulo). Em 1872, registou a marca “Vaseline”.

Contudo, o sucesso não foi imediato. Para convencer as pessoas da eficácia do produto, Chesebrough fazia demonstrações públicas onde queimava a própria pele para mostrar como a Vaselina ajudava na cicatrização. Um verdadeiro homem do marketing avant la lettre.

Com estas demonstrações chocantes, começou a vender boiões de uma onça (cerca de 28 gramas) em feiras e mercados — rapidamente passou a vender um boião por minuto.

Mas afinal, para que serve realmente a Vaselina?

Apesar da sua origem pouco glamorosa, a Vaselina tornou-se um dos produtos de cuidados de pele mais versáteis e confiáveis do mundo. De acordo com o site oficial da marca, aqui estão algumas das suas utilizações principais:

  • Proteger cortes e queimaduras menores
  • Combater zonas de pele seca
  • Prevenir desidratação da pele
  • Rejuvenescer a aparência da pele baça
  • Hidratar em profundidade
  • Aliviar assaduras em bebés
  • Criar o teu próprio esfoliante labial
  • Dar brilho natural ao rosto (efeito “glow”)

A reação nas redes sociais

O vídeo onde a história foi contada por Sandi Toksvig, durante um episódio hilariante do programa QI da BBC, espalhou-se rapidamente pelas redes sociais. Comentários como “Uau, nunca soube disto” e “Isto é extraordinário” mostram como muitos ficaram boquiabertos com a revelação.

Afinal, quem diria que algo que usas nos lábios ou na pele seca começou como um subproduto sujo de perfuração petrolífera? E que o homem por trás da invenção se queimava publicamente para o vender?