O som arrepiante que indica que alguém tem menos de 24 horas de vida — médico revela o que ninguém quer ouvir
Existe um som específico, terrivelmente inquietante, que o corpo humano faz nas últimas horas antes da morte. E segundo especialistas, quando esse som surge… o fim está mesmo à porta.
Embora a morte seja um tema que muitos evitam, há sinais físicos que anunciam o inevitável — e um médico veio agora explicar aquele que talvez seja o mais perturbador de todos.
O que é o “death rattle”?
Conhecido em inglês como “death rattle” — que pode ser traduzido como o estertor da morte — este som é um ruído húmido e crepitante que pode acompanhar cada respiração de uma pessoa nas suas últimas 24 horas de vida.
Segundo o portal médico Healthline, este som surge quando a pessoa já não consegue engolir nem tossir de forma eficaz, permitindo que a saliva e outras secreções se acumulem nas vias respiratórias.
“O estertor da morte é um som característico que uma pessoa pode fazer quando está a aproximar-se do fim da vida e já não consegue eliminar as secreções da garganta”, explica o site.
O som pode parecer alarmante — e muitas vezes é — mas nem sempre significa sofrimento para quem o produz.
Porque é que este som acontece?
Quem explica melhor este fenómeno é a Dra. Paulien Moyaert, médica residente em medicina nuclear e antiga estudante de medicina, num vídeo viral no YouTube.
“Este som ocorre porque, à medida que a consciência diminui, os pacientes perdem a capacidade de engolir. O ar movimenta essas secreções acumuladas, resultando numa respiração barulhenta.”
Segundo a especialista, algumas pessoas descrevem este som como os pulmões a tentarem respirar através de uma camada de saliva.
Apesar de ser profundamente angustiante para quem presencia, especialmente familiares, a pessoa que está a emitir o som geralmente encontra-se inconsciente e, por isso, não sente dor.
É possível tratar ou aliviar o estertor da morte?
Sim, mas com uma nuance importante: não é feito para o conforto da pessoa que está a morrer, mas sim para os familiares que assistem.
“Muitas vezes administramos medicamentos para tentar secar as vias respiratórias e suavizar o estertor da morte, mas isso é feito pelos familiares, não pela pessoa que está a falecer,” explicou a Dra. Moyaert.
Além disso, mudar a posição do paciente também pode ajudar: colocá-lo de lado, com a cabeça ligeiramente elevada, pode reduzir o som e facilitar a respiração.
Um momento devastador… mas natural
O vídeo da médica tem sido amplamente partilhado por pessoas que passaram por essa experiência com entes queridos — e para muitos, foi uma forma de encontrar consolo e compreensão num momento absolutamente doloroso.
“Estou sozinho com a minha mãe a morrer neste momento, e esta explicação ajudou-me a perceber que é normal”, escreveu um dos comentários.
“O meu pai soava exactamente assim. Obrigado, doutora, por dar voz àquilo que eu não conseguia explicar”, comentou outro.
“Gostava de ter tido esta informação antes da morte da minha mãe. O som assombrou-me durante meses…”, partilhou uma pessoa.
Saber que este som é comum e faz parte do processo natural pode ajudar muitas famílias a ultrapassar o trauma de ouvir algo tão difícil nos últimos momentos de vida de alguém amado.