Alerta para casais que têm relações sexuais menos de uma vez por semana: estudo revela risco preocupante
Poderá a frequência com que um casal faz sexo influenciar diretamente a felicidade e o bem-estar emocional? Uma nova investigação parece indicar que sim — e os resultados deixam um aviso sério para os casais que passam semanas sem qualquer tipo de intimidade física.
Não há uma fórmula mágica para a frequência ideal de relações sexuais numa relação. Cada casal é único e o importante, como se costuma dizer, é fazer o que funciona melhor para ambos. No entanto, um novo estudo veio lançar uma luz sobre os riscos associados à ausência prolongada de intimidade sexual — e os dados são, no mínimo, reveladores.
Fazer sexo com pouca frequência pode impactar o bem-estar emocional
Publicado no International Journal of Sexual Health, o estudo analisou a vida sexual de 500 mulheres heterossexuais e tentou perceber como a frequência das relações sexuais está associada ao grau de satisfação pessoal.
Os resultados foram claros:
85% das mulheres que tinham relações sexuais pelo menos uma vez por semana consideravam-se sexualmente satisfeitas.
Em contraste, apenas 66% das mulheres que faziam sexo uma vez por mês ou menos afirmaram sentir-se felizes com a sua vida sexual.
Este estudo identificou também que o grupo etário mais satisfeito, do ponto de vista sexual, foi o das mulheres entre os 18 e os 24 anos.
Ainda assim, os autores do estudo admitiram um limite importante: os dados foram autorreportados, o que significa que não havia forma de verificar a veracidade total das respostas. A sinceridade dos participantes pode sempre ser condicionada por fatores como vergonha, receios ou idealizações.
Sexo e saúde mental: existe uma ligação científica
Se dúvidas ainda existissem, outro estudo recente reforça a ideia de que a prática sexual regular está diretamente relacionada com níveis mais elevados de bem-estar psicológico.
Segundo investigadores da Shantou University Medical College, na China, o número ideal de relações sexuais por semana para efeitos positivos na saúde mental situa-se entre uma a duas vezes por semana.
O estudo sugere que:
“Uma frequência sexual de 1 a 2 vezes por semana demonstrou os maiores efeitos protetores no bem-estar psicológico e pode servir como referência para a avaliação da saúde mental durante o tratamento da depressão.”
Estes benefícios parecem estar ligados à libertação de hormonas como dopamina e endorfinas, conhecidas por provocar sensações de prazer, ligação emocional e até alívio da dor.
A falta de sexo pode agravar sintomas de depressão
Este mesmo estudo defende que a frequência sexual pode ser usada como um marcador para monitorizar o estado emocional e psicológico dos pacientes em contextos clínicos. O impacto mais evidente foi observado em participantes com idades entre os 20 e os 30 anos, onde o sexo regular pareceu ter um efeito mais direto na redução de sintomas depressivos.
Mutong Chen, coautor do estudo, sublinhou:
“Independentemente da orientação sexual, a atividade sexual traz benefícios como aumento do bem-estar e da qualidade de vida, tendo impacto significativo na saúde mental.”
Isto não significa, evidentemente, que o sexo seja uma cura milagrosa para problemas psicológicos profundos, mas os dados sugerem que a ausência prolongada de intimidade pode contribuir para uma descida do bem-estar emocional e da qualidade de vida.
Afinal, o sexo importa?
Sim — e muito mais do que se pensa. Não se trata apenas de prazer físico ou satisfação momentânea. O sexo é, também, uma forma de conexão emocional, comunicação íntima e gestão do stress.
Casais que mantêm uma vida sexual ativa relatam, geralmente, uma maior sensação de cumplicidade e uma comunicação mais fluida. Pelo contrário, a falta de intimidade pode criar frustrações silenciosas, distanciamento e até sintomas físicos ou emocionais associados à ansiedade e à tristeza.
Conclusão
O sexo continua a ser um dos pilares mais importantes de muitas relações — não apenas pelo prazer, mas pela sua capacidade de influenciar o bem-estar geral, a saúde mental e até a estabilidade emocional.
Se estás numa relação onde o sexo acontece com pouca frequência, este pode ser o momento ideal para abrir o diálogo, reavaliar prioridades e, acima de tudo, cuidar da vossa ligação.
Porque, ao contrário do que muitos pensam, a felicidade conjugal pode mesmo passar pelo quarto.